Rabat

Uma capital que surpreende com seus inúmeros atrativos

Rabat é uma cidade que todos nós sabemos localizar no mapa por ser a capital do Marrocos. No entanto, nem todos a colocam entre suas prioridades ao pensar em um grande circuito pelo país. E isso é um erro: esta cidade tem inúmeros atrativos para todos os tipos de turistas, incluindo os viajantes do setor premium. Por isso, nestas linhas, mostramos tudo o que você precisa saber se quiser adicionar este destino ao seu roteiro.

Índice

Onde fica Rabat?

Rabat está banhada pelo Oceano Atlântico, localizando-se assim na parte ocidental do país, a meio caminho dos destinos atlânticos mais setentrionais (Tânger, Asilah) e os mais meridionais (Essaouira, Agadir). Um fato fundamental de sua situação geográfica é sua proximidade com a cidade mais populosa do Marrocos (Casablanca, 90 km), o que a aproxima do conceito de grande área metropolitana, pois de fato a zona está imersa há anos em um crescimento urbanístico que tem dado luz a outras cidades modernas do entorno, como Mohammedia.

Mas o que verdadeiramente é uma área metropolitana é a união de Rabat e Salé: estas duas cidades estão apenas separadas pelo modesto rio Bu Regreg, e praticamente compartilham o mesmo ritmo de vida e os mesmos serviços. Somando a população de ambas, o número de habitantes supera um milhão e meio.

Como chegar a Rabat?

Estas são as distâncias que separam Rabat do resto dos grandes destinos turísticos do Marrocos:

    • Casablanca: 80 km
    • Essaouira: 450 km
    • Ouarzazate: 510 km
    • Agadir: 540 km
    • Marrakech: 320 km
    • Asilah: 210 km
    • Fez: 200 km
    • Merzouga: 600 km
    • Tânger: 250 km
    • Chaouen: 250 km
    • Alhucemas: 460 km

Sendo a capital, sua rede de comunicações é ampla e variada. Claro, conta com um aeroporto internacional (Rabat-Salé) próximo à cidade (7 km) que, embora não tenha tanto tráfego e tantas rotas aéreas como o de Marrakech ou o de Casablanca, é sim uma opção a considerar para muitos viajantes. Aqui operam as companhias mais importantes do país, como Royal Air Maroc e Air Arabia Maroc, assim como outras grandes linhas aéreas internacionais (Air France) e algumas low cost, como Ryanair. Portanto, tem conexões com cidades como Paris, Bruxelas, Barcelona, Roma, Londres, Sevilha ou Madri.

Além disso, está bem integrada na rede ferroviária do país, não só no que diz respeito aos trens convencionais mas também aos de alta velocidade (Al Bouraq), que conecta Casablanca com Tânger, passando por Rabat e por Kenitra. Por isso, esta é uma opção interessante para quem quer se mover entre essas cidades de maneira confortável e rápida. E para a mobilidade interna, destaca também uma moderna linha de bonde, que conecta as duas cidades da área metropolitana: Rabat e Salé.

Além disso, como é lógico, é um nó importante na rede de linhas de ônibus: embora a variedade de destinos seja maior desta forma, trata-se de um serviço mais lento e menos confortável, embora alguns ônibus alcancem padrões altos de qualidade. Em qualquer caso, a opção mais adequada para uma viagem privada é o veículo, pois até aqui chegam algumas das autopistas mais importantes do país: a A1, que chega da costa Atlântica sul (Casablanca, El Jadida, etc.), a A5, que chega da costa Atlântica norte (Kenitra, Tânger) e a A2, que chega do centro e do leste do país (Meknes, Fez, Oujda).

Por outro lado, apesar de estar banhada pelo oceano Atlântico, não dispõe de um grande porto de passageiros, como ocorre com outras cidades marítimas marroquinas. Embora no século XX pudessem atracar aqui os navios militares, o que existe hoje é uma pequena e exclusiva Marina para embarcações privadas e esportivas no rio Bu Regreg, que compartilha com a vizinha Salé pois, de fato, está em sua margem fluvial.

Como chegar a Rabat

Rabat: história e contexto

Como demonstram as evidências arqueológicas na zona de Chellah, as origens de Rabat são muito antigas e remontam vários séculos antes de Cristo: aqui havia presença de um reino mauritano com o qual tiveram relação os fenícios e os cartagineses, graças às possibilidades do rio Bu Regreg. Além disso, o assentamento chamado Sala em tempos romanos chegou a ser um município com rango de colônia.

Após a queda do Império Romano, a área ficou sob domínio berbere, que continuou assumindo um papel preponderante após a conquista muçulmana, não isenta de conflitos devido à difusão da doutrina herética kharigita neste território. Para lutar contra isso, os muçulmanos ortodoxos levantaram um convento-fortaleza, conhecido em língua árabe como ribat, que tempo depois acabaria derivando no nome atual da cidade.

Este assentamento experimentou um grande impulso nos tempos dos almóadas no século XII, cujo império chegou até o outro lado do Estreito de Gibraltar. De fato, desde meados dessa centúria, foram realizadas importantes obras e ampliações por parte de Abd el-Mumen e Yacub al-Mansur, que baralhava a ideia de convertê-la em sua capital.

Nessa época se enquadraram a transformação do convento em alcazaba (kasbah, origem da atual Kasbah dos Udayas), as muralhas da cidade e o projeto de grande mesquita, do qual só se conserva a Torre Hassan. Mas à morte desse soberano, a cidade entrou em decadência e nos tempos dos merínidas, Rabat era pouco mais que uma modesta vila amuralhada.

Tiveram que passar mais de quatro séculos para que Rabat vivesse um novo impulso: o que lhe imprimiram os mouriscos expulsos da Espanha durante o reinado de Felipe III (1609). Uma das atividades que mais sucesso reportou a seus habitantes foi a pirataria, tendo como centro de operações a Kasbah dos Udayas e semeando o terror entre as naves de toda a Europa durante cerca de dois séculos. No começo, operavam de maneira autônoma e posteriormente, com o beneplácito da nova dinastia alauita.

No entanto, a segunda metade do século XVIII supõe um novo período de declínio, não só pelas disputas internas e os reveses do exterior (por parte dos franceses, sobretudo), mas também pelo grande terremoto de 1755 e seu posterior tsunami, que modificou a configuração do estuário do Bu Regreg e inutilizou o porto local.

O sultão Sidi Mohammed tentou devolver certo esplendor à cidade construindo uma residência real e, embora não tenha tido o sucesso esperado com sua empresa, dita construção acabou sendo o primeiro núcleo do atual Palácio Real e um fator importante para o estabelecimento aqui da capital do Protetorado Francês em 1912: usou-o como residência o sultão alauita Moulay Yussef, assim como seu filho Mohammed V, um dos artífices da independência do país em 1956.

Em torno dele se desenvolveu a nova cidade administrativa de Rabat e hoje é a residência oficial do rei de Marrocos.

Viajar para Rabat, Marrocos

Por que viajar a Rabat

Incluir Rabat como uma etapa da sua viagem pelo Marrocos é uma decisão repleta de motivos. A seguir, mostramos algumas razões que vão convencê-lo e que farão desta cidade uma das suas favoritas no país:

  • É a capital e, como tal, reúne não apenas os grandes centros administrativos do país, mas também seus símbolos de poder. Nas suas ruas, você descobrirá entre seus cidadãos o orgulho que têm de ser marroquinos.
  • Uma cidade com serviços premium de máxima qualidade: essa é outra vantagem que seu papel de capital oferece. A presença de funcionários de alto nível e profissionais ligados ao poder político e econômico facilita a existência de empresas e profissionais com experiência no setor de luxo.
  • Uma cidade bem dotada de monumentos históricos: embora o papel de Rabat como capital seja relativamente recente, a cidade também possui numerosos pontos de interesse do ponto de vista arquitetônico, artístico e histórico. Não é por acaso que foi declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, graças a construções como a Torre Hassan ou a Kasbah dos Udayas, entre outras, mas também aos seus edifícios do século XX, desde que foi escolhida capital do Protetorado Francês.
  • Museus de primeiro nível e coleções modernas: Rabat procura ser a vanguarda do país e mostrar como o Marrocos está plenamente integrado nos circuitos artísticos e culturais do mundo. Isso é demonstrado por museus como o Mohammed VI (MMVI), em um espetacular edifício de construção recente. Ou as galerias de arte que surgiram ao redor desse museu, embora também haja centros expositivos dedicados às artes decorativas tradicionais.
  • O encanto natural e popular do Atlântico: Rabat é banhada por este oceano, e isso é muito presente entre a população, em praias tão animadas quanto a Plage de Rabat. Sua Corniche (tanto marítima quanto fluvial) está “salpicada” do ruído do tráfego motorizado, mas é um passeio interessante para quem o percorre. Além disso, nos arredores da cidade, há cantos do litoral que mantêm um certo encanto, apesar dos modernos desenvolvimentos urbanísticos e industriais.
  • Um dos apelidos de Rabat é “Cidade dos Jardins”, o que nos dá pistas sobre a riqueza e variedade desses espaços verdes refinados, tão importantes na cultura árabe.
  • É uma das cidades mais vibrantes para os estudantes, já que abriga o maior campus universitário do país: a Universidade Mohammed V.

O que não se pode perder em Rabat

Os atrativos turísticos de Rabat estão distribuídos por duas grandes áreas (a medina histórica e os bairros além da medina), aos quais se soma a vizinha cidade de Salé, com espaços dignos de visita por aqueles que têm mais tempo disponível.

O que ver em Rabat

Medina histórica

É a área cercada pelas muralhas construídas pelo almóada Yacub Al Mansur no final do século XII, que ainda permanecem de pé em três de seus lados. Aqui estão localizados os principais monumentos históricos da cidade, como por exemplo:

  • Kasbah dos Udayas
  • Museu dos Udaya
  • Torre Hassan
  • Museu Arqueológico
  • Muralhas e portas da cidade:
    • Muralhas dos Almóadas
    • Muralha dos Andalusíes
    • Bab el-Had
    • Bab Laalou
    • Bab Chellah
  • Grande Mesquita
  • Mesquita el-Atiqa
  • Mesquita es-Sunna
  • Mausoléu de Mohammed V
  • Palácio Real
  • Museu de Arte Popular
  • Museu da História das Civilizações
  • Jardins Andalusíes
O que fazer em Rabat

Rabat cidade moderna

  • Além da medina: a cidade moderna é um dos lugares onde melhor se aprecia a intenção de expansão e modernização das antigas cidades marroquinas durante o século XX. Sendo a capital do Protetorado Francês, experimentou uma grande renovação, e esse espírito continua hoje com a construção de infraestruturas vanguardistas, como pontes e arranha-céus. Estes são alguns dos pontos de interesse que hoje podem ser conhecidos além da medina histórica, inclusive na periferia e arredores:

    • Passeio Marítimo
    • Universidade Mohammed V
    • Ponte Mohammed VI
    • Arranha-céus Mohammed VI
    • Grande Teatro de Rabat
    • Bairro de Les Orangers
    • Bairro do Agdal
    • Necrópole de Chellah
    • Museu de Arte Moderna Mohammed VI (MMVI)
    • Praia de Rabat

Salé

Atualmente, Salé faz parte da área metropolitana de Rabat, embora não tenha renunciado ao seu caráter próprio, que deriva em boa medida de uma história um pouco diferente da de Rabat: fundada provavelmente no século XI, dentro de sua medina murada desenvolveu-se uma importante atividade artesanal e comercial (peles, lãs, tapetes), que a colocaram em contato com potências europeias e a dotaram de um grande refinamento cultural, com madraças e mesquitas ricamente decoradas. No século XVII, compartilhou com Rabat a proteção e promoção da atividade pirata, o que lhe valeu represálias na forma de bombardeios estrangeiros. Após o terremoto e subsequente tsunami de 1755, Salé entrou em séria decadência e desde então sempre ficou à sombra de Rabat, que cresceu nos tempos do Protetorado Francês. Hoje, no entanto, caminha de mãos dadas com a capital e compartilha projetos de desenvolvimento.

    • Murallas e portas históricas: Bab el-Mrisa, Bab Dar Sina, Bab Septa, Bab Chaafa
    • Grande Mesquita
    • Marina ou porto esportivo
    • Praia da Villa
    • Medersa dos Meriníes

Rabat para um viajante premium

Como é lógico, Rabat é um dos destinos turísticos mais interessantes para os viajantes premium, pois conta com serviços exclusivos que não só são direcionados aos turistas, mas também à elite local. Na lista de propostas, podem-se citar espaços e atividades como os seguintes:

  • La Tour Hassan Palace: Um histórico hotel de 5 estrelas que combina arquitetura tradicional marroquina com comodidades modernas. O hotel dispõe de amplos jardins, uma piscina, vários restaurantes e um spa de luxo.
  • Hôtel Sofitel Rabat Jardin des Roses: Este hotel pertence à cadeia internacional Sofitel e está situado em meio a jardins andaluzes. Oferece um spa, restaurantes gourmet e quartos elegantes.
  • Villa Mandarine: Uma villa transformada em um luxuoso hotel boutique. Rodeado por um grande jardim com laranjeiras, o hotel oferece quartos e suítes decorados de forma individual e um ambiente íntimo.
  • Riad Kalaa: Localizado no coração da medina de Rabat, este riad foi restaurado com atenção aos detalhes e oferece uma experiência autêntica com comodidades modernas.
  • Rive Hôtel: Situado ao lado do rio Bou Regreg, este hotel oferece vistas panorâmicas, quartos modernos e bem equipados, além de vários restaurantes e bares.
  • Dawliz Resort & Spa: Recém-renovado, este hotel fica perto da praia e oferece uma experiência de luxo com seu spa, piscina e restaurantes gourmet.
  • The View Hotel: Este hotel moderno proporciona uma vista panorâmica da cidade e conta com comodidades de luxo, restaurantes elegantes e uma piscina na cobertura.

Restaurantes de luxo em Rabat:

  • Le Grand Comptoir: Um restaurante francês com um ambiente elegante e uma variada seleção de vinhos.
  • Le Dinarjat: Situado em um riad, este restaurante oferece uma autêntica experiência marroquina em uma atmosfera luxuosa.
  • Le Ziryab: Localizado no Hotel La Tour Hassan Palace, oferece uma mistura de culinária marroquina e internacional.
  • La Villa Mandarine: Dentro do hotel homônimo, é conhecido por seu ambiente tranquilo e sua cozinha requintada.
  • Le Borj Eddar: Com vista para o rio, este restaurante serve pratos marroquinos e internacionais em um ambiente elegante.

Zonas de luxo em Rabat:

  • Avenida Mohammed V: Esta é uma das principais vias de Rabat e está repleta de lojas de luxo, boutiques e marcas internacionais.
  • Quartier Souissi: É uma das áreas mais exclusivas e você pode encontrar lojas de luxo, residências de embaixadores e belas vilas.

Marina:

  • Bouregreg Marina: Localiza-se entre a medina de Rabat e a cidade de Salé. Esta marina é um complexo de luxo que abriga iates, restaurantes, lojas e apartamentos. É um lugar vibrante, especialmente durante as noites.

Clube de golfe:

  • Royal Golf Dar Es Salam: É um dos campos de golfe mais prestigiados do Marrocos. Situado em uma floresta de 440 hectares de árvores de cortiça, o complexo oferece três campos: vermelho, azul e verde. O campo vermelho é especialmente renomado e tem sido sede de torneios internacionais.

Spas: Embora vários hotéis em Rabat ofereçam serviços de spa e bem-estar, o Sofitel Rabat Jardin des Roses é especialmente conhecido por seu luxuoso spa que oferece uma variedade de tratamentos.

Contudo, se o que você busca é uma viagem sob medida com este tipo de serviços e muitos outros que possam ser úteis, você pode entrar em contato com Chic Morocco: somos uma agência especializada neste tipo de experiências, com transporte de qualidade, alojamento de primeiro nível e muitas outras experiências personalizadas, tanto em Rabat quanto no resto do país, seja para férias na cidade ou como parte de um circuito mais amplo.

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